É com tristeza que o hiato desde blog é quebrado. Inesperadamente, na madrugada de hoje, soube pelo twitter do @blogdojuca que o ex-jogador Sócrates havia falecido.
Não cheguei a assisti-lo jogar. Não posso dizer aqui que testemunhei seus passes, ou que acompanhei sua atuação na seleção. Mas é impossível, para qualquer pessoa que tenha acompanhado futebol no Brasil até o dia de hoje, não ter assistido a um replay dessas cenas, uma entrevista ou a algum comentário seu no Cartão Verde, ou mesmo ter tido notícia de sua participação durante as Diretas.
Ele era um figura impossível de se não simpatizar, transparecia simplicidade. E isso me foi comprovado não pela mídia, mas pela minha diarista. Dia desses estávamos conversando e ela me contou que trabalhou na casa de um médico muito amigo do jogador, com quem havia se formado e onde foi várias vezes almoçar. Segundo ela, sempre muito tranquilo, gentil, falando com todo mundo e elogiando o almoço. Um cara que não se vestia com a fama.
Sócrates era irmão de Raí, meu primeiro ídolo no São Paulo. Sócrates era meu conterrâneo. Um ícone do que o futebol brasileiro já foi e que todo mundo gostaria que voltasse a ser: menos ganância e esquema, mais arte e paixão. Alguém que defendia o esporte como um aprendizado social, de leitura de mundo e de formação individual.
Lamento que ele não vá ter um velório público. Acredito que a torcida corintiana e muito outros admiradores gostariam muito de prestar as homenagens que ele merece. Mas respeito a decisão, é um momento difícil, cada família sabe a dor de perder alguém.
Descanse em paz.
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