quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Olhando sem enxergar

Não consegui assistir ao jogo do São Paulo contra do Cruzeiro. Programei o meu voo mais cedo na esperança de chegar em casa e pegar pelo menos o segundo tempo, mas não deu certo. Depois vi os gols em um jornal noturno e caramba, o Rogério disse tudo, faltou segurar mesmo porque na frente tava bem bom. Outro gol bonito do Dagoberto e quero dizer que respeito esse cara. Ele não quer renovar com o time, mas não deixa de jogar bem por conta disso. Está respeitando o contrato e a torcida dignamente. Valeu Dagol!


Depois fiquei pensando no que seria a zaga do São Paulo se Rhodolfo e Felipe estivessem jogando com o Lugano. Meu Deus, ia ser um absurdo! Aí não ia ter desculpa de técnico nem nada, seria em cima e na pressão.


Então me ocorreu que talvez seja isso que realmente falte: (um pouco de) pressão. Quando o Lugano estava em campo, ele era o braço direito e mensageiro direto do Rogério. O capitão passava as ordens ele ia lá na frente e entregava, com uma cara de que tava passando a bronca de forma três vezes pior que o original. Essa dupla era perfeita pois ambos são do tipo que exigem 100% de si mesmos e dos demais. Somando a visão de jogo que o Rogério tem ali atrás, a capacidade de mudança era muito mais rápida e eficiente. Não tinha tempo pra "distração"


Talvez o Rhodolfo possa começar a ficar um pouco mais agressivo pra assumir essa função. Enquanto isso, o Adilson pode chamar pra si e descer a lenha. Não me incomoda a postura dele nas coletivas, acho que aquele espaço é pra falar o que deu certo mesmo e relativizar o errado, pra não dar margem a polêmicas e "crises". Mas ali, na boca do túnel antes de entrar, ele devia descer mesmo. Já vi uns videos onde o Rogério e Adilson falam com o grupo antes do jogo e o primeiro faz o outro parecer um hippie, tamanha é a diferença de postura e cobrança de atitude.


Esquece o catecismo, Adilson! Gana e paixão! Ta na hora do Evil Pardal entrar em ação. Só assim o grupo vai ver que já tem tudo na mão, só falta reivindicar o que é seu.

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