sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Feliz aniversário, Tricolor Querido!

76 anos de vida. Um jovem senhor!
Acho legal que a data de aniversário do time seja justamente nessa época de mundial, fonte de tantas alegrias. Dá aquele sentimento de predestinação, de boa sorte...

Essa semana eu estava lembrando com minha mãe da primeira camisa do São Paulo que ganhei dela, aos 15 anos. Ela estava em São Paulo e pedi que me comprasse uma oficial. Se não pudesse a camisa que fosse outra coisa, mas tinha que ser um produto oficial :) Sabia que eu tava pedindo demais, mas ela trouxe e fiquei maravilhada. Ter uma camisa oficial nunca foi barato, eu era uma torcedora recente do time, e ainda tinha aquela sensação de que se fosse pra dar um presente desses a alguém quem ganharia seria o meu irmão. Aquele clássico "isso é coisa de homem". 

Foi um breakthrough pois eu me sentia muito inibida pra achar e dizer alguma coisa de futebol. Aquela camisa foi um primeiro movimento pra legitimar o meu direito de torcer, comentar, xingar... nem imaginava eu naquela época que chegaria o tempo de fazer tudo isso livre, feliz, a plenos pulmões e indo assistir aos jogos no Morumbi ainda por cima! E putz, se tem uma coisa que me deixa feliz é ir no Morumbi... sair cedo de casa, pegar um café no Starbucks no caminho do estádio, sentar cedo e ficar admirando tudo, ouvindo o pré-jogo no rádio, enchendo o meu irmão de perguntas, depois voltar todo aquele caminho da João Saad à pé, mais comentários, às vezes irritados, às vezes aos risos, às vezes encharcada de chuva ou morrendo de frio em julho...

Sem querer diminuir a importância dos títulos, porque são importantes sim e todo mundo quer ver seu time campeão sempre, mas quando eu penso no São Paulo a primeira coisa que vem na cabeça é a felicidade da rotina de torcer: de esperar a quarta ou o fim de semana pra ir ao jogo, de pescar as edições do Lance e ver se estamos na capa, ou quando assisto o jogo em casa de gritar gol na janela pra provocar a corintianada do bairro...

Eu adoro torcer pro São Paulo, adoro como ele faz parte da minha vida, da minha semana, do meu dia. Que viva muito e cresça, sempre glorioso, sempre querido!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Fim do Brasileiro: ficamos pelo caminho...

Hoje, na última rodada do Brasileiro o São Paulo enfrentou o Santos e fez um belo jogo (mesmo considerando que jogamos contra do time B deles), ganhando de 4 x 1. Era nossa última oportunidade de tentar chegar a Libertadores do ano que vem, mas dependendo de um conjunto de resultados quase impossível: nossa vitoria e uma sucessão de empates ou derrotas de Figueirense, Inter, Coritiba... Não deu, Inter venceu o Grêmio por 1 x 0 e levou a última vaga.

Não dá pra lamentar. O São Paulo devia ter garantido essa vaga muito antes. Falhamos inúmeras vezes ao longo do campeonato, mudamos de técnicos em dois momentos, a torcida também cometeu o desserviço de surtar e abalar ainda mais o time quando foi necessária a substituição do Adilson...

É triste não ir para a Libertadores, mas pra mim foi muito mais triste acompanhar, semana a semana, o Rogério cobrar do elenco foco e da torcida apoio quando ainda tínhamos chances: primeiro de voltar a ser líder, depois de ficar entre os 4 primeiros, por fim de agarrar a última vaga na Libertadores... enquanto isso problemas eram minimizados por outros, desculpas iam sendo inventadas, e então jogou-se uma grande responsabilidade para a reestréia do Luís Fabiano. Gostei da sua volta, acho que ele termina o ano bem afiado para a próxima temporada, mas nunca acreditei em discursos que vendem um homem como a solução de um time. Futebol é jogo coletivo, depende de 11 em campo. Faltou maturidade de uns e liberdade pra outros pra que a coisa se ajeitasse.

Enfim, ficamos pelo caminho, foi isso. 

Esperemos agora pra ver que mudanças de elenco acontecerão. Ainda que muitos menosprezem, gostaria que o time voltasse as atividades levando a sério o Paulista. Pra mim todo título tem seu valor, seu ânimo, até futebol de botão master. Torço e canto pelo São paulo até quando meu irmão joga o FIFA 2012, e acho que faria bem a todos, mas especialmente a torcida, se já começássemos o ano no embalo.

De minha parte, pretendo ano que vem ser muito mais presente no Morumbi. Até porque existe aquele temido sentimento de que possa ser o último ano do Rogério no gol, em campo, vestindo e sendo o São Paulo. Ainda que não aconteça, mas especialmente se acontecer, quero estar lá para agradecer e aplaudir cada lance até o último jogo.

Adeus Sócrates (1954 - 2011)




É com tristeza que o hiato desde blog é quebrado. Inesperadamente, na madrugada de hoje, soube pelo twitter do @blogdojuca que o ex-jogador Sócrates havia falecido.

Não cheguei a assisti-lo jogar. Não posso dizer aqui que testemunhei seus passes, ou que acompanhei sua atuação na seleção. Mas é impossível, para qualquer pessoa que tenha acompanhado futebol no Brasil até o dia de hoje, não ter assistido a um replay dessas cenas, uma entrevista ou a algum comentário seu no Cartão Verde, ou mesmo ter tido notícia de sua participação durante as Diretas.

Ele era um figura impossível de se não simpatizar, transparecia simplicidade. E isso me foi comprovado não pela mídia, mas pela minha diarista. Dia desses estávamos conversando e ela me contou que trabalhou na casa de um médico muito amigo do jogador, com quem havia se formado e onde foi várias vezes almoçar. Segundo ela, sempre muito tranquilo, gentil, falando com todo mundo e elogiando o almoço. Um cara que não se vestia com a fama. 

Sócrates era irmão de Raí, meu primeiro ídolo no São Paulo. Sócrates era meu conterrâneo. Um ícone do que o futebol brasileiro já foi e que todo mundo gostaria que voltasse a ser: menos ganância e esquema, mais arte e paixão. Alguém que defendia o esporte como um aprendizado social, de leitura de mundo e de formação individual. 

Lamento que ele não vá ter um velório público. Acredito que a torcida corintiana e muito outros admiradores gostariam muito de prestar as homenagens que ele merece. Mas respeito a decisão, é um momento difícil, cada família sabe a dor de perder alguém.

Descanse em paz. 

sábado, 29 de outubro de 2011

Muitos assuntos atrasados...

Os compromissos apertaram essa semana e faltou tempo pra falar de tanta coisa: o fim da copa do mundo, com vitória dos All Blacks; o desempenho do São Paulo, contratação do Leão, derrota na Sul-americana; e nesta tarde a seleção brasileira de rugby 7's jogando no Pan-americano de Guadalajara. Ufa!
Vamos ver se consigo repor pelo menos uma parte.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O incrível e o inacreditável

Esse domingo foi dia de dois jogos importantes para os meus times no futebol (São Paulo) e na Copa do Mundo de Rugby (All Blacks). Ambos me garantiram momentos de tensão que foram sucedidos por sentimentos completamente diferentes: a alegria da clasificação neo-zelandesa para a final e uma derrota vergonhosa para o Atlético- Go, despencando na tabela do Brasileiro quando poderíamos brigar pelo topo.


O incrível - New Zealand 20 X 6 Australia




Precisei tirar um cochilo antes do jogo e perdi essa (esse? até hoje não descobri) haka incrível mas uma vez sob o comando do Piri Weepu (Deus abençoe o Youtube e quem fez o favor de colocar esse vídeo lá)


Existem rivalidades que são sempre emocionantes, sempre viram questões particularmente importantes. A comparação esperada é que eu dissesse que NZ vs. Australia é como Brasil x Argentina, mas se tem uma rivalidade que me incomoda é São Paulo x Corinthians (hellooo, meio óbvio, não?) Então quero crer que pra um All Black ganhar da Australia é algo mais, até porque no fim das contas, falar que ganhou de um rival estrangeiro é bom, mas provocar um vizinho é mais gostoso hahahaha.


Santo Weepu perdeu cobranças dessa vez, mas ainda assim foi importante para o placar final. Digo isso não porque sou fã do cara, mas porque parecer ser um consenso mundial de que todos os demais jogadores da NZ estiveram muito bem (quando não excepcionais) em suas posições no domingo, então sobraria apenas para o Piri a margem das críticas. Mas mesmo Dan Carter já foi ovacionado perdendo penais, então se não concordar mude de blog (agora eu fui fã hehehe)


Como a Australia tb jogou muito bem, o diferencial foi a concentração, a integração e a tal "faísca do campeão" do Antero. Existe um conjunto de fatores para os quais muitas vezes as pessoas chamam sorte mas esse não foi o caso (ainda que eu acredite que ela exista). Talvez a palavra que explique melhor seja equilíbrio. 


Agora vem a parte chata...




O inacreditável - Atlético-Go 3 x 0 São Paulo


Parecia difícil que o time fosse deslanchar exatamente contra um adversário que está sendo muito elogiado pela imprensa do sudeste (como se só os times daqui soubessem jogar futebol)... mas perder nesse nível foi um golpe duro.


Não dá pra dizer que não foi merecido. O São Paulo tem um time que em alguma realidade paralela a essa já está líder e com folga no campeonato, mas infelizmente eu vivo naquela onde os jogadores vivem o dilema filosofal do "ganhar pra que?" Meios de campo ineficientes, bolas que não sobem, ou que só vão pela esquerda e são cruzadas com muita força, ou quando vão só tem um cara na área (o L. Fabiano, marcado por 3), e por aí vai... 


Temos dois zagueiros bons e o resto do time parece achar que eles deveriam dar conta do recado sozinhos, então em contra ataques rápidos é comum vermos um monte de gente subindo em direção ao Rogério sem marcação. Aí já viu...


Eu não comemorei a demissão do Adilson como muita gente fez, mas tb não lamentei não, confesso. Esse time precisa de tapa na cara e pressão, coisa que ele não botava como já reclamei antes. Não é uma falha dele, é do grupo, mas se ele não tem como corrigir, precisamos de quem chegue ali e ponha cada um no seu lugar, dentro e fora de campo. Não acho que essa pessoa seja o Felipão. Prefiro o Autuori mas o Leão serve também. É bom que o Milton já vá cantando como vai ser daqui por diante.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Vi na TV - São Paulo x Internacional

Sem vontade de comentar, muito menos de lembrar desse jogo no futuro. Vou citar apenas um trecho da opinião do Antero Greco, extraído do blog dele, e que pra mim resume não só a partida, mas também o São Paulo hoje:


"Mais uma vez faltou ao São Paulo a faísca do campeão, o toque que distingue o protagonista do participante. As oportunidades para manter-se no topo foram várias, nas últimas semanas, e todas passaram batidas. Os empates com Corinthians, Botafogo, Cruzeiro e Inter, além da derrota para o Flamengo, revelaram um time instável. E que, por isso, neste momento deixou de depender de si para ser campeão."


*** Atualizado***


Quando o time do coração falha, existe o consolo de ver o rival perder. Valeu Botafogo!


Aliás, Louco Abreu fez de novo: deu na cara do pessoal da Globo. Após o jogo, o jornalista de campo da SporTV foi perguntar se agora era a arrancada do Botafogo. Abreu respondeu que o time está a muitas rodadas disputando o topo pra ser arrancada. O que o Botafogo consegue é fruto da CONTINUIDADE do trabalho. Muito bem dito!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Vi na TV - Portugal X Islândia

Portugal 5 X 3 Islândia




Aproveitando a oportunidade de estar na cidade, dei um pulo na casa do meu avô pra assistirmos juntos ao jogo de Portugal pelas eliminatórias da Eurocopa do ano que vem. Foi ótimo não só pela tarde em família mas pelo jogo, apesar da zaga portuguesa.


Pois convenhamos, o time da Islândia não é de por medo em ninguém. Acontece que quando se fecha o primeiro tempo em 3 X 0 é preciso muita concentração pra não se cometer deslizes tolos, ou pra não voltar em clima de "já ganhou". Daí que o segundo tempo foi um festival de bolas desperdiçadas, gols do Cristiano Ronaldo que estão fadados a não sair (o que é a zica desse homem na seleção? Ao menos nas armações ele ainda atua bem) e de avanços da Islândia em direção ao gol. Até um pênalti demos a eles e essa peneira há de se consertar. No mais, jogo aberto, ofensivo, gostoso de assistir, sem os "muricismos" que assolam o Brasil.


O próximo e último jogo curiosamente é contra a Dinamarca, seleção responsável pela não classificação de Portugal à Copa e que nem fez nada por lá, só serviu pra esse desserviço mesmo. Espero que essa lembrança esteja em fresca na mente de todos amanhã pra que a buraqueira não se repita. Afinal, basta um empate pra classificação.

Vi na TV - All Blacks vs Pumas

New Zealand 33 X 10 Argentina




Em plena manhã de Círio em Belém, acordei mais cedo para assistir às quartas de final entre o time neo-zelandês contra os argentinos. Depois de todos os primeiros colocados da primeira fase perderem nas quartas, acho que tinha muita gente por lá com medo que a zica de novo mirasse nos All Blacks.


Não mirou mas deu trabalho. A Argentina fez um senhor jogo, e merecem palmas e flores quando chegarem em casa. Fecharam muito bem a defesa e acabaram com o jogo corrido e aberto dos All Blacks. Jogo físico e no centro de campo, anulando as corridas laterais de Mr. Sonny B. Williams e de um Cory Jane que pisou na jaca durante a semana, justo naquela em que foi escalado como titular. Ainda não "entendi" direito essa história. Nonu também ficou apagadíssimo nesse jogo.


Talvez tudo isso seja resultado mesmo (o que parece deixar todo mundo aflito pelas bandas de lá) da falta do Daniel Carter. O Slade deve ser um bom garoto, mas em campo tá sempre com uma cara de pânico, e acho que esse trampo ainda é muito pesado pra ele dar conta. Daí que, além de um time muito bom, a Nova Zelândia também tem alguma sorte, pois apareceu alguém pra ser o salvador da lavoura, ninguém menos que Santo Weepu.


Deu gosto de ver como o homem é bom convertendo penais. Foi o que carregou o time pra semi-final, só isso. Eu daria logo a camisa 10 pra ele, mas parece que já houve a convocação de um novo substituto, já que o Slade no final dançou de vez por contusão. Mas eu nasci ontem pro rugby, ainda tem muito capim pra comer... Infelizmente, acabei de ler que o avô do Weepu faleceu na sexta antes do jogo e aguardaram o fim da partida pra avisar. Torço pra volte bem e continue o belo trabalho que vem fazendo.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Olhando sem enxergar

Não consegui assistir ao jogo do São Paulo contra do Cruzeiro. Programei o meu voo mais cedo na esperança de chegar em casa e pegar pelo menos o segundo tempo, mas não deu certo. Depois vi os gols em um jornal noturno e caramba, o Rogério disse tudo, faltou segurar mesmo porque na frente tava bem bom. Outro gol bonito do Dagoberto e quero dizer que respeito esse cara. Ele não quer renovar com o time, mas não deixa de jogar bem por conta disso. Está respeitando o contrato e a torcida dignamente. Valeu Dagol!


Depois fiquei pensando no que seria a zaga do São Paulo se Rhodolfo e Felipe estivessem jogando com o Lugano. Meu Deus, ia ser um absurdo! Aí não ia ter desculpa de técnico nem nada, seria em cima e na pressão.


Então me ocorreu que talvez seja isso que realmente falte: (um pouco de) pressão. Quando o Lugano estava em campo, ele era o braço direito e mensageiro direto do Rogério. O capitão passava as ordens ele ia lá na frente e entregava, com uma cara de que tava passando a bronca de forma três vezes pior que o original. Essa dupla era perfeita pois ambos são do tipo que exigem 100% de si mesmos e dos demais. Somando a visão de jogo que o Rogério tem ali atrás, a capacidade de mudança era muito mais rápida e eficiente. Não tinha tempo pra "distração"


Talvez o Rhodolfo possa começar a ficar um pouco mais agressivo pra assumir essa função. Enquanto isso, o Adilson pode chamar pra si e descer a lenha. Não me incomoda a postura dele nas coletivas, acho que aquele espaço é pra falar o que deu certo mesmo e relativizar o errado, pra não dar margem a polêmicas e "crises". Mas ali, na boca do túnel antes de entrar, ele devia descer mesmo. Já vi uns videos onde o Rogério e Adilson falam com o grupo antes do jogo e o primeiro faz o outro parecer um hippie, tamanha é a diferença de postura e cobrança de atitude.


Esquece o catecismo, Adilson! Gana e paixão! Ta na hora do Evil Pardal entrar em ação. Só assim o grupo vai ver que já tem tudo na mão, só falta reivindicar o que é seu.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Vi no Morumbi - São Paulo x Flamengo



São Paulo 1 X 2 Flamengo

Esse domingo começou esquisito. Sonhei que estava no hospital com medo de perder a hora para ir ao Morumbi, pro jogo contra o Flamengo. Havia todo um drama, parecia que eu precisava muito de uma consulta, mas só conseguia marca-la para um outro dia e saía de lá correndo com meu irmão. Ele me informava que não dava mais tempo de chegar no estádio e fomos pra casa. Chegando lá, toca a ver o jogo pela televisão e, em uma montagem de sequencia que só em sonhos ou filmes muito alternativos são possíveis, eu me via assistindo ao jogo ora em casa, ora como se estivesse no estádio. O fato é que o Flamengo fazia 1x0. Nessa hora os sinos da igreja aqui do lado de casa começaram a tocar e eu acordei. Não foi legal acordar com meu time perdendo, mas me convenci de que aquilo não era nenhum presságio, e que se tivesse dormido até o fim do jogo o São Paulo teria virado no sonho.

Dali em diante o dia seguiu tranquilo, na maior empolgação e uma ansiedade digna de dias de jogos da Libertadores. Se justifica dada a importância da data: a reestréia tão esperada do Luís Fabiano com a nossa camisa 9. Fomos encontrar um amigo e almoçar na Liberdade (sim, não sonhei com meu irmão por acaso, ele é meu parceiro de Morumbi) mas comi bem pouco. Queria mesmo era pular no ônibus e chegar logo no estádio. Tivemos a boa idéia de ir cedo e todo o trajeto foi rápido. A chuva já começava a cair mas nada que desanimasse ninguém.

Sentamos na amarela olhando para a saída do São Paulo dos vestiários. Lugar perfeito! Não demorou e lá estavam eles em campo, muita festa pois não faltavam motivos para comemorar: Luís Fabiano, aniversário de 51 anos do estádio, chance de encostar no líder em caso de vitória... Com toda aquela animação e gente (mais de 63 mil pessoas, arquibancada linda e lotada) parecia que não ia dar erro. "Pode chover", pensei.

Nosso primeiro tempo foi muito bom, atacando e tudo, mas alguns pontos já incomodavam. Quem não se mostrava bem era o Casemiro, como o PVC apontou no site da ESPN, correndo pouco, perdendo tempo de bola e errando passes. Mas o que me incomodou e não vi ninguém falar foi a segurada que o Dagoberto demonstrava dar em favor do estreante. Várias vezes ele chegou lá em cima, mas não finalizava e em pelo menos uma vez se complicou bastante tentando reter a bola já na cara do gol pra passar pro Luís Fabiano.

Eu não culpo o Luís Fabiano por isso, acho que o problema foi mesmo o desejo de se garantir uma foto de capa de jornal, com o Fabiano enchendo o pé, furando a rede e fazendo o gol. Todo mundo quer que o cara seja o herói, potencial ele tem e acredito muito nele, mas exigir isso no primeiro jogo e contra o Flamengo eu acho que foi pedir um pouco demais. To superfeliz que o cara se recuperou bem, que mostrou vontade, respondeu superbem pra torcida que ficou na arquibancada depois do jogo (incluindo eu) e ele próprio não foi fominha no jogo, dando espaço quando percebia que não estava em posição ou quando não era mesmo pra ele a bola. Mas esse desacerto do time lá na frente me deu essa sensação de que a instrução tinha sido trabalhar por um espaço de mídia, quando se deveria ter trabalhado somente pelo gol, fosse de quem fosse.

A expulsão injusta do Lucas no início do segundo tempo só complicou ainda mais. Provocou outro erro, que foi a entrada do Carlinhos, ao invés do Henrique ou do Rivaldo, no lugar do Luís Fabiano. Queríamos o time ainda mais ofensivo, pressão! Foi aí que aconteceu algo que eu já vi antes e gosto muito: quando o espírito da retranca vai chegando, parece que sobe uma raiva no Dagoberto e ele se empenha ainda mais em fazer o gol. Não foi à toda toda aquela explosão, tirando camisa e indo lá na torcida. Pode parecer estúpido (e ele foi muito criticado por todos os comentaristas que ouvi) mas ele só deu vazão ao que todo mundo tava sentindo ali. Eu faria o mesmo também.

Claro que isso não foi motivo para o Flamengo se fechar, e o Rogério provou mais uma vez o grande goleiro que é! Infelizmente gol de falta não saiu, mas sua ação no gol esteve excepcional. Por ele, e pelo trabalho de recuperação que o time passou ao longo do jogo, foi super amargo ter que engolir o segundo gol do Flamengo, um lance que ele teria pego facilmente, se a bola não tivesse sido desviada pelo Carlinhos

Curiosamente eu fiquei bem menos frustrada com esse resultado do que no jogo contra o Corinthians. O time continuava tentando e eu só queria estar ali, não pra xingar ninguém, mas só estar ali, torcendo e vivendo o quer que fosse com o São Paulo. Só fico meio puta quando o pessoal quer sair antes do jogo acabar. Se não respeitamos o jogador que desiste no campo antes do fim, o mesmo deve valer pra quem tá assistindo.

No fim do jogo, o amigo que estava acompanhando disse que nunca viu o São Paulo ganhar estando no Morumbi e que não vai desistir enquanto isso não acontecer(!) Fiquei meio preocupada com a possibilidade dele ser pé-frio e prejudicar o fim do Brasileiro, e acho que vou providenciar um sal grosso e outras mandingas pra ele. Ou convence-lo a só ir de novo ano que vem hehehehe. Daí lembro do meu sonho. Jamais saberei se o São Paulo teria ganho ou não ali.  Mas mesmo que eu tivesse esse dom premonitório, fosse uma resposta boa ou ruim, eu ainda ia querer estar ali, na chuva, empurrando o time.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Interlúdio 2 - Morumbi

Este domingo foi o aniversário da casa do São Paulo, o estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Querido Gigante, Estádio do Morumbi.


Sempre fico muito impressionada com essas fotos do período da construção. Como ele nasceu no meio do nada, da coragem de apostar em uma região tão afastada do centro, dos rivais (que tem estádio), e acima de tudo, dos torcedores. Felizmente o Morumbi não só ficou pronto, como bonito, enorme e é um dos muitos motivos de orgulho dos são-paulinos.


Ir ao estádio não foi algo que fez parte da minha infância por vários motivos, dentre eles o fato de eu não ser de São Paulo e da minha família não ser são-paulina. Esta foi uma opção que eu e meu irmão tivemos na adolescência, quando finalmente as transmissões televisivas deixaram de explorar somente os jogos do Rio para o restante do país. Foi quando descobrimos o São Paulo de Telê Santana e o amor pelo SPFC surgiu.

Assim, se tem uma coisa que hoje me deixa verdadeiramente feliz é poder ir ao Morumbi no fim de semana, ver o São Paulo jogar. Mesmo quando o resultado não é o que a gente quer, estar lá é estar em casa. A rotina na chegada e na saída, os cantos de torcida, dar tchau para o "vovô" (como alguns chamam) São Paulo, sentar cedo e comentar sobre os escalados, a classificação e os adversários... e agora com a entrada do time ao som de "Hells Bells" do AC/DC, graças ao Rogério! Todo esse ritual é um processo muito feliz! Isso sem contar os jogos (de Libertadores) nas quartas à noite...

Poucos tem estádio mas nenhum terá um com tanta história e glórias como tu, Morumbi! 

Longa vida, muitos jogos e vitórias em nossa casa! Parabéns a esse jovem senhor de 51 anos e a todos nós!

Interlúdio 1 - Luís Fabiano

domingo, 2 de outubro de 2011

Frustração do fim de semana - All Blacks vs. Canada




New Zealand 79 - 15 Canada


Com um placar folgadíssimo desses, a pergunta é óbvia: por que frustração?
Porque a minha querida ESPN Brasil achou por bem não transmitir o jogo. Já garantida a classificação neo-zelandesa para a próxima fase desde o último jogo, sabendo que haveria jogadores poupados, ou simplesmente porque o baseball (ou qualquer campeonato americano) ainda tem preferência na programação, não rolou o jogo.


Bom, resolvido estava mas não era também pra se menosprezar. Ainda mais depois do corte de Dan Carter da seleção por lesão na virilha. Ao que parece o Piri Weepu e o reserva do Carter, Colin Slade, estiveram muito bem, mas não vi...


Enfim, não tenho nada a dizer, só lamento a perda... mas esse não seria o maior dos meus problemas nesse fim de semana.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Durante a semana - Louco Abreu e Seleção Brasileira

Tem duas coisas que eu vi na TV essa semana que não deu tempo de registrar aqui antes:


1. A Sportv mostrou na segunda (e de novo hoje, sexta) uma fala do Louco Abreu no intervalo entre tempos do jogo contra o São Paulo. Após perder o que seria o terceiro gol do Botafogo, o repórter foi malandramente perguntar se a falha dele era um caso de "Inacreditável Futebol Clube".O cara não contou conversa e mandou uma senhora bronca, dizendo que esse papo de Inacreditável é uma forma da mídia sacanear e fazer parecer fácil o que não é dentro de campo. Tenho que concordar, o homem tá coberto de razão. Tivesse ele feito o gol, estariam chamando o cara de gênio. Uma bobagem desses programas de esporte e o jogador vai do céu ao inferno, no que antes tava tudo bem dentro do clube. Parabéns pela resposta!


 2. Não sou de torcer e nem mesmo de ver esses jogos arranjados e aleatóros da Seleção Brasileira de Futebol, uma vez que nem os da Copa costumam valer a pena. Mas como essa "final" do "Superclássico" foi na minha saudosa Belém, quis ver pra pelo menos sentir o clima da galera e ver em que estado está o Mangueirão. Acho que esse jogo mostrou que apostar em quem nunca teve a oportunidade, está jogando bem nos clubes nacionais e ainda vê brilho e orgulho em defender o país é uma ótima opção pra seleção. Não que isso vá acontecer a longo prazo, porque os esquemas mafiosos e problemas internos da CBF estragam tudo o que ela toca... mas deu pra ver que outra seleção seria possível. Lucas deu um show naquele gol e encheu de orgulho esse coração são-paulino aqui.


De quebra, o clima e a festa da torcida na cidade foram perfeitos. Talvez a gente se contente com migalhas, como noticiou a Folha de SP, pois me parece incrível como somos tão esquecidos por essa nação e ainda assim demonstramos o quanto temos amor a ela, com aquele espetáculo que foi a execução do hino nacional. 
Mas no final, concordo e acredito que a mensagem abaixo diz tudo:




quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Eu vou mesmo!



Domingo era uma vontade, na segunda gerou medo, mas na terça meu irmão tirou todas as dúvidas: ingressos garantidos para ver São Paulo x Flamengo!

Confesso que quando vi muita gente tuitando que já estava comprando os ingressos, ainda no domingo à noite, comecei a ficar receosa do quão difícil esta tarefa seria. As imagens das filas na segunda pioraram a situação, já dava quase como certo o fim dos ingressos online... e como iríamos conseguir outros, estudando e trabalhando no horário de funcionamento das bilheterias?

Ainda bem que, por sorte ou intuição, ele tentou novamente o site de vendas na terça pela manhã e 2 ingressos na amarela apareceram magicamente pra compra. Uma baita sensação de alívio e satisfação: não vamos perder essa partida histórica!

Falta pouco agora. Domingo vai ser especial...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Jogos do fim de semana (All Blacks e SPFC) - Parte 2

Depois de uma manhã de sábado feliz com mais uma vitória dos ABs (e um resto de sábado sonolento dado horário em que fui obrigada a acordar), eis que o domingo chegou e com ele o jogo do meu querido #SPFC:


25.09 - Botafogo 2 X 2 São Paulo



Mandando ver no acarajé, crente que o jogo passaria no restaurante, fomos informados pelo garçom de que estávamos no reduto do Bahia, que nesse domingo enfrentava o Corinthians. "Ponha tudo pra viagem então, moço". Sorte que estávamos perto de casa.

Havia um certo receio sobre esse jogo, uma vez que o Botafogo vem subindo a cada rodada, jogava em casa e tudo mais. Era de se esperar que, por conta disso, o São Paulo entrasse fechado e esperando o momento para contra-atacar. O que não se contava é que fosse na base do 4-6-0. Não foi à toa que o Botafogo mandou e meteu 2 logo no primeiro tempo. Pra mim jogar fechado é diferente de jogar atrás, e o que estávamos fazendo na verdade, era a segunda opção. Nosso meio não estava eficiente pra reter o jogo ali, e foi um sem número de vezes que ouvi o Cléber Machado avisar que o Denílson estava lá colado no Rogério.

O primeiro gol do Botafogo, por sinal, foi pura dormida do Rhodolfo, que pra mim é ótimo zagueiro, só refletindo como estratégias nada ofensivas complicam a vida de todo mundo. Quando tem muita gente na área é de se esperar que alguém tire, mas alguém quem? Quando a responsa é de todo mundo, ela não é de ninguém. É o famoso "deixa que eu deixo". Depois do penalti do Loco Abreu, e da chance de terceiro gol que ele perdeu, o prognóstico não poderia ser mais tenebroso.

Mas eis que (finalmente!) o Adilson fez o tipo de alteração que todo mundo queria (mas ninguém esperava):  não havendo mais o que perder, vamo passar a jogar pra frente. Entra Rivaldo e Henrique.

E que diferença que fez! Incrível como, aí sim, o São Paulo jogou fechado e do meio pra frente. Maior posse de bola, aquela cozinhada pela lateral e entrada da grande área esperando a brecha, contra-ataques subindo mais rápido... passamos a ditar o ritmo. Quero dar destaque a um lance que ainda não vi comentários: aquela bola na trave do Wellington, meeeeeeeo Deus! Que gol seria! Ótimo lance!

Nosso gol de empate foi um show à parte: Dos pés do Rogério pra cabeça do Rivaldo e pro fundo do gol. Nada como a visão de jogo e um-quê-de-mestre-zen pra explicar como esse lance rolou tão rápido, tão certo e tão em câmera lenta ao mesmo tempo. Diferentemente da quarta-feira, com a garra de voltar no segundo tempo e arrancar o empate na casa do adversário, esse jogo teve um gosto de vitória, teve alma são-paulina!

Ainda não conseguimos retomar a ponta da tabela, mas de ver que busca por parte do time é constante e a dança ds 4 primeiros só dão mais energia e ânimo! São o tempero pra lotar o Morumbi no domingo que vem contra o Flamengo. Luís Fabiano em campo, aniversário da nossa casa... Em o Vasco derrotando o Corinthians e nós o Flamengo, putz! Não precisa nem dizer, né? Vai ser o domingo perfeito no Morumbi!

Jogos do fim de semana (All Blacks e SPFC) - Parte 1

Esse fim de semana foi de jogos importantes para os meus times: a seleção neo-zelandesa encarou a França, sua algoz em copas do mundo (como postado aqui na sexta), enquanto o São Paulo pegou o Botafogo embalado na casa deles. Clima de decisão em ambos, mas vamos por partes:

Sábado 24.09 - All Blacks 37 X 17 Les Bleus


Segundo os meninos do  Vale o Caneco os ingressos pra esse jogo acabaram antes dos da final da Copa, tamanha era a expectativa de vingaça da torcida da casa contra a seleção francesa. Missão, obrigação e muuuuita pressão. Só pra tornar a vitória ainda mais necessária, esse foi o jogo número 100 do Richie McCaw vestindo o jersey preto, então a derrota acabaria, ainda por cima, com a festa de um mito para eles como o Rogério Ceni é para da torcida são-paulina.

Felizmente dessa vez o time chutou a macumba e fez bonito. Começou com o Kapa o Pango que eu tava torcendo e meio sabendo que ia rolar. Ô haka bonito de ver! Lindo exatamente porque não é pra todo o dia (mais sobre a necesidade de se preservar a força do haka neste excelente post do Blog do Rugby)

Inspirados e com o time que eu acostumei ver jogando no Tri-Nations desse ano, os primeiros 8 minutos da partida causaram aquela tensãozinha básica pelo avanço que a França ia ganhando no campo. Mas em 30 segundos a NZ roubou a bola, fez um try de contra-ataque fantástico e mostrou quem é a dona da festa nessa bagaça.

Dali em diante o time francês demonstrou que o baque tinha sido grande e se perdeu. O segundo try veio tão rápido, que tinha ido à cozinha por a água do café pra esquentar e quando voltei já estava no replay. Perdi justamente o try do Cory Jane, ai que azar meu! Mas tudo bem, o importante é que aconteceu, como todos os outros que garantiram a festa.

Preciso admitir que esse jogo me fez calar a boca em relação ao Daniel Carter. O cara foi muito bem, não só na função de kicker (em que me decepciona de vez em quando, mas admito que forço na exigência, a parada é muito difícil.. mais sobre isso em outro post) e também na construção dos tries, juntamente com o sempre eficiente, ágil, lindo, forte, etc e etc Ma'a Nonu.

A festa em homenagem ao Richie McCaw (que também esteve bem) no pós-jogo foi simples mas bem bonita, ele parecia bastante emocionado e ressaltou o quanto é importante pra ele ser um All Black, o que deve ter sido direcionado pra alguns críticos, pois me parece ser uma afirmação desnecessária para alguém que está a 100 jogos defendendo a camisa e ainda por cima é o capitão da equipe. 

Parabéns pra ele!

domingo, 25 de setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Daqui a pouco tem mais All Blacks



Hoje é dia de dormir cedo, pois às 05:30 da manhã deste sábado tem mais um jogo dos All Blacks na copa do mundo. E dessa vez é jogo tenso contra a França.

A missão, como esclarecem os meninos do blog Vale o caneco (que é muito legal, vale a pena acompanhar!) é espantar de vez a zica de duas eliminações em copas pros "Les Bleus". 

O curioso é que depois do jogo vou fazer um pitstop na padoca e rumar por.. curso de francês! =D Vou até com meu moleton da Adidas que é quase o uniforme da Nova Zelândia (só falta a folhinha prata, mas com ela custa 100 reais a mais, aí não dá, né?) pra manter o clima pós-jogo.

Sugiro que o Piri Weepu mande o "Kapa o Pango" pra inspirar a galera, e que quem puder acorde pra ver. Vai ser demais!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Vi no Morumbi - São Paulo X Corinthians

Ontem foi um dia longo, até que me vi às 21:35 finalmente sentada na arquibancada esperando a entrada do São Paulo no gramado. E meio a muitos compromisso e um deadline que estava me estrangulando, uma ansiedade e pescadas no relógio a cada 30 minutos pra ter certeza de que estava tudo no prazo.

Demora do ônibus e muito certo aperto (literalmente) pra entrar no estádio, um pouco mais frio do que eu esperava, mas tudo bem. Hell's Bells começa a tocar, o time entra em campo, torcida gritando... aaaaaaaah, só de imaginar um gol nosso saindo ali!

O primeiro tempo foi muito bom pela iniciativa e avanço do time, ainda que coubessem algumas críticas. A maior foi a insistência em usar quase que exclusivamente o lado esquerdo, o que pra mim provocou uma crítica errada do PVC, reclamando da falta de ação de jogadores que não tinham como participa das jogadas. Mas nada superou o número de impedimentos marcados. Digo que ainda não vi os lances na TV (e dada hora não vou conseguir ver mais também), mas da arquibancada só dois dos lances sugeriam impedimento real. Todos os outros me causaram tanta revolta quanto ânimo de querer o time cada vez mais na frente.

Infelizmente o segundo tempo não veio com o mesmo ritmo e orientação. Nele sim, algumas atuações começaram a se mostrar bastante falhas, e a que mais me decepcionou foi a do Casemiro, que no jogo anterior este tão bem... Para agravar a situação, as alterações promovidas pelo Adilson não faziam sentido, tirando dois jogadores que estavam muito bem (Piris e Dagoberto) e obrigando o time como um todo a se reposicionar, o que poderia ser bom, não fosse a clara orientação de retranca que estávamos ganhando em um jogo onde o adversário obviamente não tinha grupo, esquema ou intenção de ir ao ataque.

Honestamente, eu acho que para um time com um meio de campo jovem como o nosso (já que o Rivaldo não é titular), ficar exigindo que os jogadores atuem em posições ou com estilos muito diferentes dos seus é uma imprudência, pra não falar na desconsideração profissional com o estilo e personalidade de cada um está formando. O Rodrigo Caio fragilizou muito a lateral, enquanto o Lucas vem repetidamente afirmando em entrevistas (muito respeitosamente, é preciso frisar) que ele não gosta de jogar avançado, não é a característica nem a posição dele, que ele prefere o meio. Por que não respeitar isso e colocar um atacante de formação em campo?

No todo, há de se elogiar que o São Paulo procurou o gol sim. Mas pela fragilidade que o Corinthians apresentou e pela tranquilidade que esses 3 pontos iam nos dar, a falta dele deixou mesmo uma certa frustração no fim da noite.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Um fim de semana bonito

Eu nunca apostei em Loteria Esportiva e provavelmente não poderei mais fazê-lo. Na sexta-feira fiquei olhando a tabela do fim de semana cogitando, imaginando e torcendo pelos placares e resultados interessantes pro SPFC. E não é que saíram?

Queria 2 a 0 no jogo contra o Ceará mas fizemos melhor: 4! Internacional, Botafogo, Flamengo, Palmeiras e Fluminense empataram nos seus jogos. A vitória do Santos sobre o Corinthians, garantindo que esse ficasse estacionado na 3ª posição. Só não foi perfeito porque o Grêmio não deu o menor trabalho pro Vasco.. um estudo de psicologia ambiental ainda vai explicar porque o Grêmio rende de formas tão discrepantes dentro e fora de casa.

A junção Lucas, Casemiro e Rivaldo no segundo tempo foi eficiente, criativa e acima de tudo empolgante. Quero mais! Entrando o Dagol nesse grupo vai ser só felicidade...

Quarta-feira vai ser "o dia"! Confronto direto e em casa. Pra ser sincera, espero que o Luís Fabiano não entre nesse, nem tanto pela responsa, mas pelo risco de quererem quebra-lo logo na estréia. Deixa pro jogo contra o Flamengo, em um fim de semana, pra ser mais bonito.

Agora vou voltar a namorar a tabela dessa semana. Vai que dou sorte de novo...

sábado, 17 de setembro de 2011

SPFC 4 X 0 Ceará - Imagens







*Referência das imagens - Terra (clique aqui para ir ao site)

Nem só de McCaw e Carter vive a NZ

(Originalmente postado aqui)


Nova Zelândia 83 X 07 Japão


Se no jogo de abertura da copa me faltou energia para encarar o difícil horário de 5 da manhã para assistir aos All Blacks (comecei um post sobre isso mas ainda não consegui fechá-lo), nessa manhã pude desfrutar acordada e animada do jogo entre os heróis locais vs. Japão.

Jogo aberto e rápido, ótimo! Pela primeira vez vi os japoneses em jogo e, cá na minha ignorância de recém fanática, acho que tanto técnica quanto resistência física tornam os níveis dessas duas equipes incomparáveis. No início do jogo o Japão mostrou energia mas não tinha como manter nem ritmo nem mando, por mais ágeis que pudessem ser.

Uma chuva de tries! Durante a transmissão na ESPN, o Martoni comentou que no rugby não tem essa de segurar jogo quando se enfrenta um time mais fraco; respeito é jogar com a mesma força com qualquer adversário, provando que todos são levados a sério. Como não lamentar a falta que essa conduta faz no futebol? Quantas vezes não assistimos times segurando o jogo ou agressões rolando dentro e fora de campo, na mídia e nas ruas, quando um time realmente se impõe sobre outro? E o que dizer de uma certa parcela da mídia que polariza e desqualifica quem perde? Existe um sentimento de honra na derrota no rugby que não se vê por aqui. Algo a ser admirado e difundido.

Com jogadores poupados, dentre eles o capitão Richie McCaw e Daniel Carter, todos queriam saber se o Colin Slade é um bom reserva pra camisa 10, mas o que me chamou atenção mesmo foi o Nonu jogando. O homem tava "on fire", tudo era ele! Fiquei triste pelo Cory Jane ter sido substituído assim tão facilmente, crente que veria um try dele hoje. Espero que ganhe espaço, mas parece bem difícil.

Voltando pro Nonu, o pessoal da ESPN leu minha mensagem no ar (aeeeeeeeeeee!) e sacaneou porque eu o acho lindo, hahahahaha. E acho mesmo, seja jogando ou só na dele, sorriso tímido com aqueles olhinhos... Mas só pra constar aqui, o meu preferido é o Weepu =D

E por falar nele, no próximo jogo espero que ele comande o "Kapa o Pango", meu Haka preferido.

Que venha a França! Go All Blacks!!!

Oh captain my captain

(Originalmente publicado aqui)


Esse (último) 7 de setembro foi um dia muito especial pra mim e desde ontem à noite tento por em palavras o que representou assistir ao milésimo jogo do Rogério Ceni com a camisa do SPFC.

É difícil explicar. Indo ao estádio eu já estava nervosa, ansiosa, feliz. Ir ao Morumbi é voltar pra casa e ver o Rogério em campo ao vivo, mesmo que tão distante lá da arquibancada, traz uma sensação de segurança inexplicável. Se ele não é a figura do pai, é a do irmão mais velho, aquele que vai ser o exemplo e vai dar tudo de si para que os demais possam fazer o mesmo. Porque se não fizerem ele vai cobrar.

O Rogério é o meu herói preferido. Ele não tem super-poderes, não é nenhum gênio precoce, ele não foi predestinado. Ele é o que é porque se construiu assim: veio de baixo, passou por todas as etapas de formação como profissional, com dedicação e paciência enormes. Pouca gente fala isso, o quanto ele soube esperar. Não passou a perna, não criticou o trabalho do Zetti, pelo contrário. Não se fez de vítima ou tentou bancar o fodão. Treinou, observou, analisou e aprendeu.

Talvez por isso a chance de aparecer outro como ele seja quase zero. Rogério é uma espécie de "Último Samurai", caras como ele não se fazem mais por aí, dentro ou fora de campo. Muitos pensam que nasceram prontos, querem o dinheiro, a fama, a glória imediata. Mas poucos terão o que o Capitão já tem: um caminho a ser lembrado e uma alma em eterno aprendizado.

Eu fico admirando a imagem desse homem e tento me inspirar todo dia, lembrar que a perseverança é o segredo, que a paciência é uma virtude mais que necessária e que a vida se constrói todo dia um pouco mais. Todos os dias. Por isso ele já deve estar pensando no próximo jogo.

O Rogério é só um cara e é exatamente isso que o torna tão especial. É a prova máxima de que o importante não está no poder ou na excepcionalidade. Está no caráter.

Fez um bem enorme pra minha alma estar ali ontem, e não só poque eu sou são-paulina.

Que venham então os jogos 1001, 1002, 1010, 1020...

Parabéns e mais uma vez obrigada, Capitão.


Um lugar para externar a paixão!

Kia ora, people!

Bom, vou tentar escapar dos tradicionais e longos posts iniciais onde a gente tenta justificar a necessidade do um blog ou explicar a origem de algo. Vou me limitar contando que sou são-paulina há 17 anos e cada vez mais esportes, e o São Paulo FC em particular, me encantam, inspiram e por vezes estressam. Como eles começaram a ocupar boa parte dos posts do meu blog pessoal, resolvi criar um espaço onde possa extravasar com mais liberdade e cuidado esse amor.

Se tu não conheces a expressão que iniciou essa mensagem, "Kia ora" é oi em maori, e os All Blacks, seleção neo-zelandeza de rugby, são minha segunda paixão atual, depois do amor eterno pelo tricolor. Assim, esse blog também vai narrar as alegrias e impressões de um esporte que merece e crescerá muito ainda no Brasil!

O ponto aqui não é bancar a comentarista ou jornalista esportiva, tem gente demais já fazendo esse serviço (bem e mal). Serei parcial muitas vezes sim, e a vontade é de falar do SPFC (e dos demais) pra muito além dos jogos. Mas, acima de tudo, torcer.

Vai lá, vai lá, vai lá
vai lá de coração
Vamo São Paulo
Vamo São Paulo
Vamo ser campeão!

PS: O início e primeiro post desse blog são dedicados ao meu irmão, um grande são-paulino que faz aniversário hoje. Feliz aniversário!